terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Copa da FIFA

A Rede Globo começou uma campanha subliminar para alterar leis penais brasileiras. A primeira ofensiva é em cima das execuções penais para tentar acabar com a progressão de regime das penas. Em toda a reportagem que veiculou no Fantástico, era informado o tempo total da pena do condenado que estava sendo beneficiado, mas não era dito quanto da pena que ele já havia cumprido. Esta informação sobre o tempo de pena cumprido é primordial para a concessão dos benefícios, e uma reportagem séria e isenta deveria ter fornecido estes dados.

Quero deixar claro que não estou defendendo o descumprimento das regras de execução penal, mas sei que nem todos os apenados que usufruem dos benefícios da progressão da pena agem irregularmente. Por que a reportagem não fez referência à necessidade de profissionais da Psicologia, Assistencia Social, Psiquiatria e outros que possam avaliar quais apenados podem ou não receber os benefícios? Não fez porque o alvo da matéria jornalística não é a melhora do sistema penal e da sociedade, mas sim a preparação do povão para as imposições das leis penais que a FIFA promoverá até a Copa do Mundo de 2014.

Minha crítica é com a massificação e generalização que o Rede Globo fez e faz, visando incutir na cabeça dos desavisados que as progressões de pena não devem existir; que os presos são irrecuperáveis; que quem for preso não deve ter chance de recuperação, deve apodrecer na cadeia, ser exterminado da sociedade.

Isso me faz lembrar que, para que a Copa de Mundo pudesse ser realizada na África do Sul, aquele país teve que aceitar alterações na legislação penal que foram impostas pela FIFA. Meu medo é que o mesmo aconteça com o Brasil. Vamos ficar de olho.

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